De janeiro a maio, celebramos o início do fim da 2.ª Grande Guerra Mundial e o fim de um dos piores períodos da história da humanidade. A guerra matou mais de 60 milhões de pessoas na Europa e na Ásia, das quais se estima que 45 milhões eram civis.
O mundo do pós-guerra assistiu ao surgimento de uma ordem internacional amplamente dominada pelas duas superpotências mundiais, o modelo capitalista dos Estados Unidos da América e o modelo comunista da União Soviética, perdendo assim quase toda a influência económica e diplomática dos antigos poderes coloniais europeus, com raras exceções que acabaram por definhar nos anos seguintes.
O cinema tem a vida real como uma das principais fontes de inspiração, períodos históricos marcantes facilmente acabam retratados em filmes, desde a forma documental, até à ficção, onde encontramos os típicos filmes de guerra, biopics, dramas inspirados em histórias verídicas, filmes de ação e visões mais especificas ou mais distorcidas de eventos. Como em qualquer momento da história, prevalece a visão dos vencidos e das grandes potências, mas com alguma atenção redobrada podemos encontrar filmes que vão além da visão anglofónica dos eventos. As representações fílmicas da 2.ª Grande Guerra têm passado, no caso europeu e asiático, por amplas e profundas transformações em tempos recentes, onde a abordagem ultrapassa o lado heroico. Já a cinematografia norte-americana tem mantido uma abordagem que se pode considerar tradicional sobre o tema. Espera-se que as transformações surjam à medida que grupos sociais mais diversos, culturais e étnicos reivindiquem o direito a produzir as suas próprias representações fílmicas.
Com o cinema podemos dar mais um passo no conhecimento, despertar curiosidade para saber e descobrir mais sobre a nossa história. Marcamos passos na memória para que esta persista ao longo de várias gerações. Marcamos a memória recordando os horrores, mas também os seus resistentes.
Aqui ficam 45 filmes para celebrar o ano de 1945:
– O Grande Ditador, Charlie Chaplin (1940)
Uma das obras máximas de Charlie Chaplin. Filmado em segredo, Chaplin resistiu a todas as pressões e ameaças e levou a sua avante. Em outubro de 1940, pouco mais de um ano após a invasão da Polónia e o início da 2.ª Guerra Mundial, o filme estreava nos Estados Unidos da América. Delirante, comovente e a mais corajosa sátira a Hitler, ao seu regime e às suas sinistras ideias políticas. Tudo isto combinado com a história do insignificante barbeiro judeu que, devido às suas semelhanças com o ditador, acaba por tomar o seu lugar e por o denunciar publicamente no discurso final que comoveu o mundo.
– Ser ou Não Ser, Ernst Lubitsch (1942)
Uma comédia norte-americana lançada em março de 1942, o título inspira-se numa citação de Hamlet, de Shakespeare. Realizado por um alemão judeu, o filme é recebido com desconfiança por um público que não percebeu como era possível fazer comédia ante a ameaça nazi e a invasão da Polónia. Tem o seu reconhecimento mais tarde, chegando a figurar como uma das 100 melhores comédias de todos os tempos (49.ª posição) pelo American Film Institute e em 1996 foi selecionado para preservação pela Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos pela sua significância“cultural, histórica ou estética”. O filme foca-se numa trupe de atores, liderados por Joseph Tura (Jack Benny) e sua esposa Maria (Carole Lombard), que se infiltram na Gestapo para salvar membros da resistência polaca. Hoje, juntamente com “O Grande Ditador”, é considerado uma das mais mordazes e inteligentes sátiras ao momento histórico.
– Casablanca, Michael Curtiz (1942)
Este vencedor de três Óscares é um dos grandes clássicos do cinema. Humphrey Bogart (Rick Blaine) e Ingrid Bergman (Ilsa Lund Laszlo) são os protagonistas daquele que é considerado um dos casais mais importantes do cinema. Os dois conhecem-se em Paris no início da 2.ª Grande Guerra Mundial e vivem aí uma tórrida paixão interrompida quando, na estação de comboios, Rick percebe que Ilsa não o vai acompanhar. Mais tarde, já em Casablanca, encontram-se novamente. O reencontro dos dois provoca recordações de um romance passado, que se desfez no próprio dia em que Paris caiu. O tema político e o tema amoroso aparecem, assim, interligados. Com o desenrolar da ação, assiste-se ao triunfo dos que lutam pela causa da liberdade.
– A Mais Bela, Akira Kurosawa (1944)
O realizador traz-nos uma história de sacrifício e solidariedade humana em tempos de guerra. Considerado por muitos como um filme de propaganda de guerra, os planos de fundo do filme são valiosos por mostrarem as condições do Japão no período da guerra. O filme, o segundo da obra de Kurosawa, surge sem créditos e apenas assinado pelo Gabinete de Informação Japonesa e dá-nos uma visão, mesmo que propagandista, da disciplina da guerra e do dever de perfeição inculcado na cultura japonesa. É uma interessante perceção frente aos desafios encarados pelas pessoas numa sociedade que, como em todos os países naquela época, estava inteiramente mobilizada para a produção militar. A linha do argumento é manipulada para o seu fim e pelo seu contexto, mas as personagens não. Os desempenhos das atrizes transportam uma certa verdade que só se podem encontrar em documentários.
– Espírito Indomável, Edward Dmytryk (1945)
Neste filme, John Wayne interpreta o Coronel Joe Madden, um oficial duro e frio que serve sob o comando do General MacArthur, durante a Segunda Grande Guerra. Quando as forças americanas são obrigadas a ocupar Bataan, Madden oferece-se para ficar e organizar uma guerrilha com os habitantes filipinos locais, para manter os japoneses no ponto extremo de Bataan. Entre suor e bombas, acontece um romance entre uma bela integrante da resistência de Manila e o subcomandante de Wayne, o Capitão Andrés Bonifacio, interpretado por Anthony Quinn, um militar sério que tenta manter a mesma reputação de herói do pai, frente ao seu povo.
– Roma, Cidade Aberta, Roberto Rossellini (1945)
Enquanto Roma é ocupada pelos nazis, cruzam-se histórias de vida. Entre as personagens, encontram-se Pina, Francesco e Manfredi, líder do movimento da resistência romana. O padre Pietro ajuda a resistência, transmitindo as suas mensagens e auxiliando o movimento financeiramente. A Gestapo captura o padre e interroga-o, tentando convencê-lo a trair a sua causa. É considerado um exemplo fulcral do neorrealismo, formando, juntamente com “Libertação” e “Alemanha, Ano Zero”, a chamada “Trilogia de Guerra”. Quando Rosselini começou a filmar este filme, os aliados tinham acabado de expulsar os nazis da cidade de Roma, perto do final da Segunda Grande Guerra. Considerado como uma das suas melhores obras, o filme que Rosselini filmou em pequenas partes de película danificada ajudou a definir o neorrealismo italiano.
– Libertação, Roberto Rossellini (1946)
Um dos mais míticos filmes realizados em Itália no período que se seguiu ao fim da guerra. Retrata, em seis episódios, a progressão das tropas americanas de libertação, desde o desembarque na Sicília até aos pântanos do Vale do Pó. A descrição da realidade imediata, na linha de “Roma, Cidade Aberta”, a utilização de atores não profissionais, o aspeto de documentário da fotografia, tudo isto faz do filme uma obra em completa rutura com o cinema italiano da década anterior.
– Alemanha, Ano Zero, Roberto Rossellini (1948)
O enredo ocorre em Berlim, cidade devastada pelos bombardeiros e ocupada pelas tropas aliadas. Edmund, uma criança de 12 anos, tenta ajudar a família e sai em busca de dinheiro nas ruas a vender objetos de valor. O pai está muito doente e necessita de constante repouso. Já a sua irmã é acusada, injustamente, de prostituir-se para os soldados estrangeiros. No desenrolar da sua vida pelas ruas, acaba por encontrar um antigo professor a quem resolve pedir ajuda. O discurso de tom nazi do professor, em combinação com as próprias queixas do pai que sente ser um empecilho para todos ao seu redor, leva Edmund a interpretar que é seu dever matá-lo e, portanto, ele acaba por envenenar o chá. Edmund conta o que fez ao professor, que recebe a notícia com espanto e o manda embora, negando ter qualquer responsabilidade sobre o ocorrido. O filme, o último desta trilogia, explora a ferida deixada pelo nazismo, que afetou de forma terrível e profunda uma geração simbolizada na obra pelo protagonista.
– Brincadeiras Proibidas, René Clément (1952)
Os pais da pequena Paulette foram mortos durante os atentados de junho de 1940 no centro da França ocupada pelos nazis. A menina de cinco anos é acolhida pelos Dollé, uma família de camponeses. Ela torna-se amiga do filho de onze anos, Michel. Depois de enterrar o cachorro de Paulette num antigo moinho abandonado, as duas crianças gradualmente constituem um verdadeiro cemitério para insetos e pequenos animais. Os problemas começam quando Michel rouba cruzes para decorar os túmulos do cemitério em miniatura.
– O Inferno na Terra, Billy Wilder (1953)
O filme começa na semana antes do Natal de 1944, num campo de prisioneiros de soldados aliados, Stalag 17 (nome original do filme), sediado num lugar ao longo do rio Danúbio. Manfredi e Johnson tentam escapar por um túnel, mas são descobertos e mortos. Os seus companheiros começam a suspeitar que há um informador infiltrado entre eles. O prisioneiro Sefton é quem mais causa desconfiança pela atitude cínica perante a guerra, sempre em busca de lucro através de negociações com os seus carcereiros nazis ou a promover eventos entre os companheiros que envolvem farras e jogos. A situação vai-se tornando perigosa e Sefton percebe que a única forma de escapar à morte é descobrir quem é o verdadeiro espião. Destaque para a fotografia, absolutamente impecável, que nos traduz o ambiente de paranoia, desconfiança e desalento em que se vive.
– Quando Voam as Cegonhas, Mikhail Kalatozov (1957)
Veronika e Boris, um jovem casal de namorados, são separados quando Boris se junta ao Exército Vermelho durante a 2.ª Grande Guerra Mundial. Ansiosa por notícias da frente de combate, é acolhida pela família de Boris, quando vê a sua casa destruída por um bombardeiro, e acaba forçada a envolver-se com o primo do soldado, com quem resignadamente acaba por se casar. O avançar das tropas faz com que acabem por fugir para a Sibéria. Ela continua sempre à espera de Boris e pelas suas cartas que teimam em não chegar. Ganhou a Palma de Ouro de “Melhor Filme” no Festival de Cannes, em 1958.
– A Ponte do Rio Kwai, David Lean (1957)
Durante a Segunda Guerra Mundial, um conjunto de prisioneiros britânicos recebem o encargo dos japoneses, seus raptores, de construir em plena selva uma ponte de transporte ferroviário sobre o rio Kwai, na Tailândia. O coronel Nicholson, que está à frente dos prisioneiros, é o oficial britânico que procura uma forma de elevar a moral do seu pelotão. Vê a ponte como uma forma de o conseguir, tendo-os ocupados na construção e fazendo-os sentirem-se orgulhosos da obra. Por sua vez, o major americano Shears, prisioneiro no mesmo campo, só pensa em fugir. Por fim, ele acaba por conseguir fugir, mas, contra a sua vontade, volta algumas semanas depois, guiando um comando inglês, cuja missão é destruir a ponte no instante em que passasse o primeiro comboio, para anular a rota de transporte de armas dos japoneses, que pretendiam utilizá-la para invadir a Índia.
– Morrer como um Homem, Andrzej Wajda (1957)
Exibido no Festival de Cannes em 1957, conquistou o Prémio Especial do Júri e chamou a atenção do mundo para o cinema que os jovens realizadores polacos andavam a fazer, abrindo assim portas a uma escola que veio a revelar grandes nomes do cinema. Um agrupamento do Armia Krajowa — o Exército de Livre Resistência Polaca — tenta escapar de um ataque nazi pelos canais subterrâneos de Varsóvia. Determinados a sobreviver, homens e mulheres esforçam-se dentro de um complexo e implacável labirinto, enfrentando a escuridão com todas as suas forças. Baseado em factos reais, foi o primeiro filme feito sobre o Levante de Varsóvia.
– Os Canhões de Navarone, J. Lee Thompson (1961)
É o dia a dia de um grupo de seis oficiais e soldados aliados que recebem uma missão tida por todos como impossível: entrar numa ilha grega dominada pelos nazis e destruir os poderosos e modernos canhões que dominam toda uma área do Mar Egeu e não permitem a passagem dos navios aliados. O comando, formado por especialistas em diversas áreas, tem um prazo apertado para executar a tarefa. Em seis dias, os nazis vão invadir uma outra ilha da região onde há 2 mil soldados ingleses. Numa luta contra o tempo para que possam ser evacuados em segurança, os canhões de Navarone têm de ser destruídos antes.
– O Dia Mais Longo, Ken Annakin, Andrew Marton e Bernhard Wicki (1962)
Ken Annakin realizou os segmentos britânicos, Andrew Marton os dos Estados Unidos e o alemão Bernhard Wicki foi o responsável pelas cenas com os nazis. Abordagens diferentes para um filme que relata os acontecimentos de 6 de junho de 1944, em que o exército dos Estados Unidos da América e das forças aliadas executam a enorme invasão na Normandia, na França, o Dia D. Apesar do mau tempo, o general Eisenhower dá permissão para os aliados entrarem na Normandia. O general Norma Cota viaja com seus homens para a praia de Omaha. Com muito esforço e vidas perdidas, saem da praia e entram em território francês. O exército alemão, devido à sua arrogância, falta de estratégia e pressão do Exército Soviético, atrasa a sua resposta ao desembarque dos aliados com resultados incapacitantes. A ofensiva, que envolveu mais de três milhões de homens, foi uma das mais ousadas e sangrentas estratégias militares da era moderna.
– A Infância de Ivan, Andrei Tarkovski (1962)
Retrata de forma poética e comovente da guerra pelos olhos de um adolescente que vive uma vida feliz e sem história até ao momento em que rebenta a guerra e vê toda a sua família ser morta. O órfão passa algum tempo refugiado até o momento em que decide atravessar um rio que está sobre constante ataque dos militares nazis. Para se vingar, passa a servir de guia aos militares numa implacável perseguição aos agressores. Nesta sua nova vida vai fazer novos amigos, mas a sua história continuará a ser marcada pela tragédia. A guerra é trabalhada por Tarkovski como opositora, inimiga e destruidora da vida e muito mais do que isso, a guerra torna-se um evento capaz de fazer com que toda a memória do passado seja diminuída e dê lugar a um presente que envolve, unicamente o eliminar o inimigo e sobreviver a qualquer custo.
– Um Dia Inesquecível, Ettore Scola (1977)
Passado num edifício de Roma a 6 de maio de 1938, o dia em que Hitler era recebido em festa na cidade. Sophia Loren é Antonietta, uma dona de casa que não foi com o resto da numerosa família ver as paradas. Marcello Mastroianni é Gabrielle, o seu vizinho, aparentemente a única pessoa para além dela que permaneceu no edifício. Gabrielle é locutor da rádio e foi impedido de trabalhar devido às suas ideias antifascistas e ao facto de ser homossexual. Ela prepara-se para mais um dia de violento trabalho doméstico. Ele aguarda a partida para o exílio. Os dois travam conhecimento e passam o dia juntos.
– O Último Metro, François Truffaut (1981)
Paris está ocupado pelos nazis, Lucas Steiner, um diretor de teatro judeu, vê-se obrigado a esconder-se dos invasores, no porão do teatro. Neste lugar, as peças continuam a ser ensaiadas e apresentadas e a única que sabe é sua esposa, a estrela Marion Steiner. Ao iniciarem o ensaio de uma nova peça, o ator Bernard Granger é contratado para protagonista e fazer par com ela. Bernard mostra-se mulherengo, mas fica intimidado com Marion, e um clima de romance surge entre os dois. Durante isso, os nazis ampliam o seu domínio na França e perseguem cada vez mais os judeus.
– Vem e Vê, Elem Klimov (1985)
Regressado às salas no ano passado em versão restaurada, este filme relata-nos a história de Florya, um humilde rapaz com pouco mais de treze anos que, um dia, desenterra uma espingarda. Tal ação chama a atenção das tropas bielorrussas que veem na criança um novo soldado. No esquema geral da guerra, Florya é um zé-ninguém, uma pessoa sem importância condenada a ser mais um número sem cara em documentação futura sobre as vítimas do conflito. O filme vai para além do real, encontrando o ponto médio entre a hiper-realidade e o surrealismo. Há uma ênfase nas texturas do inferno bélico, na lama e no sangue seco, nas rugas em volta dos olhos de um miúdo prematuramente envelhecido e em lábios abertos pelo vento gélido. Há também a textura granulosa da película que, ocasionalmente, parece fazer com que a imagem se desintegre em imaterialidade perante os nossos olhos.
– Império do Sol, Steven Spielberg (1987)
A ação inicia-se em 1941 em Xangai antes da Segunda Guerra Mundial. Jim (Christian Bale) é um rapaz britânico que vive confortavelmente com os seus pais em estilo colonial, sonhando voar e conhecendo todos os modelos de aviões. Quando o Japão invade Xangai, Jim fica sozinho, separado para sempre dos seus pais. Jim é levado para um campo de prisioneiros de guerra onde passa todo o período que dura o conflito. Aí surge uma série de episódios e personagens que marcarão a etapa do seu crescimento, como é o caso da sua amizade com um menino japonês, ou o profundo respeito que desenvolve pelos pilotos japoneses, assim como o crescente fascínio pelos aviões. Acaba também por encontrar uma espécie de pais adotivos, Mrs. Victor, uma inglesa, e Basie, um cínico norte-americano que acaba por o desiludir. Aos poucos, Jim vai conseguindo sobreviver da melhor forma possível num local que vai conhecendo cada vez melhor. Com a passagem do tempo, vai-se recordando cada vez menos dos pais.
– Túmulo dos Pirilampos, Isao Takahata (1988)
É um dos poucos filmes do Studio Ghibli que não é da autoria de Miyazaki. Inspirado no romance, com o mesmo nome, de Akiyuki Nosaka, este filme não perde em nada quando comparado com os restantes projetos da Ghibli. Com a Segunda Guerra Mundial a poucos dias de terminar, os Estados Unidos da América continuam a bombardear constantemente as várias regiões do Japão. Após o alerta de que um novo ataque se aproxima, Seita e Setsuko tomam um caminho diferente da mãe, rumo ao refúgio e à sobrevivência de mais uma investida norte-americana. Infelizmente para aqueles dois irmãos de 14 e 4 anos, Seita e Setsuko, respetivamente, a mãe tornou-se uma das vítimas mortais do bombardeamento. Com o pai a trabalhar para a Marinha Japonesa, Seita assume a responsabilidade de cuidar da irmã e de lutar pela sobrevivência de ambos em pleno clima de guerra.
– Europa, Europa, Agnieszka Holland (1990)
Numa Europa dividida pelo conflito da Segunda Grande Guerra, o judeu alemão Salomon, de dezasseis anos, é separado da sua família depois de fugir com eles para a Polónia e vê-se, relutantemente, assumindo várias identidades ideológicas para esconder o segredo mortal do seu judaísmo. Baseado nas experiências da vida real de Salomon Perel, é uma história de sobrevivência de cortar a respiração contada com o entusiasmo de uma aventura cómica, uma refutação irónica da ideia nazi da pureza racial e um retrato complexo de jovem envolvido em mudanças de calamidades históricas “apenas” lutando para se manter vivo.
– A Lista de Schindler, Steven Spielberg (1993)
Todo filmado a preto-e-branco à exceção de um pormenor e da secção final, centra-se em Oskar Schindler durante o Holocausto. O filme foca a evolução da personagem principal que, surgindo no início como um oportunista, sofre uma transformação ao assistir a um ataque nazi ao gueto judeu de Varsóvia e acaba retratado como um herói que salvou centenas de pessoas do extermínio. Ao longo do filme, Schindler perde a sua ambiguidade inicial e assume verdadeiramente uma condição de líder, carismático e benemérito. Embora a figura central do filme seja Schindler e há uma intenção óbvia em prestar-lhe homenagem, a realidade documentada é mais vasta: é a própria vivência do Holocausto, tanto da parte das vítimas como da parte dos seus carrascos. O filme termina com uma sequência a cores, de poucos minutos, em que se assiste à homenagem sincera de figuras reais – nomeadamente alguns dos sobreviventes do Holocausto retratados na história de Schindler, aos quais se junta o realizador em pessoa.
– Stalingrad, Joseph Vilsmaier (1993)
O filme segue um pelotão de soldados do Exército Alemão da Segunda Guerra Mundial, tendo como ponto de vista o oficial alemão Hans von Witzland, transferidos para a Rússia com destino à cidade onde acabarão por lutar na sangrenta Batalha de Stalingrado, entre 1942 e 1943. No início do filme podemos ver um clima de otimismo em relação à guerra. Os soldados estão na Itália, a comemorar uma recente vitória, quando são selecionados para se deslocarem para a frente de batalha na União Soviética. A alegria dura até aos últimos momentos da viagem, pois quando chegam à frente percebem rapidamente que não há muitas razões para o otimismo. Esta batalha foi a primeira grande derrota da Alemanha Nazi e que acaba por condicionar todo o desenrolar do resto da Grande Guerra.
– A Vida É Bela, Roberto Benigni (1997)
Um hino à vida e ao amor incondicional, mas que consegue ter um dos finais mais tristes e, em simultâneo, mais felizes de que há memória, deixando no espectador o mesmo sentimento de esperança por dias melhores que deverá ter percorrido muitos dos prisioneiros dos campos de concentração nazis no dia da sua libertação pelas tropas aliadas. Guido é um jovem do campo que vem para a cidade com um amigo para se empregar como criado de mesa. Conhece e apaixona-se por Dora, uma professora que se encontra noiva dum fascista. Gradualmente, consegue conquistar o coração daquela a quem chama principessa, muito devido à sua espontaneidade, sentido de humor e romantismo. Numa noite em que vê o seu tio ser ameaçado por antissemitas, Guido enche-se de coragem e rapta Dora com o consentimento desta. Casam-se e geram um filho, Giosué. Cinco anos depois, vivem humildemente como donos duma pequena livraria. Devido ao facto de serem judeus, Giosué, Guido e o seu tio são presos e levados para um comboio que os conduzirá para um campo de concentração. Como não deseja separar-se da sua família, Dora sacrifica-se e embarca no mesmo comboio. Para evitar que o filho se aperceba dos horrores do campo de concentração, Guido cria todo um mundo de fantasia, explicando-lhe que estão num campo de férias e que toda a situação é um jogo com um prémio final original: um tanque de guerra.
– A Trégua, Francesco Rosi (1997)
É um relato de sobrevivência e esperança de uma testemunha ocular das atrocidades da Segunda Grande Guerra Mundial. John Turturro é Primo Levi na filmagem do seu diário de sobrevivente. O caos, o horror e a inexplicável miséria humana são os elementos retratados no relato verídico de Levi sobre a sua libertação de Auschwitz por soldados russos, já no final da guerra, em 1945. As imagens horrorosas estão todas lá, do infortúnio, da humilhação, da tortura e do genocídio, seja nas lembranças dos sobreviventes, seja nos rostos marcados. Francesco Rosi teve a ajuda do próprio Primo Levi na realização do filme. O relato de Levi foi acrescido de vida e imagens poéticas que reforçam o relato histórico.
– A Barreira Invisível, Terrence Malick (1998)
O filme conta a história de um pelotão do exército norte-americano que visa capturar a ilha de Guadalcanal no Oceano Pacífico, controlada por tropas japonesas. Os membros do pelotão lutam todos por diferentes razões, alguns pela glória, alguns pela democracia e outros simplesmente para sobreviver. Fugindo ao expectável patriotismo norte-americano, mostra os horrores da guerra e os traumas que ela provocou aos jovens soldados de ambos os lados. O inferno dos soldados dissolve-se num paraíso perdido no meio do oceano.
– O Resgate do Soldado Ryan, Steven Spielberg (1998)
Enquanto observa a costa da Normandia, o capitão John Miller (Tom Hanks) pensa que desembarcar naquela praia é, provavelmente, o maior desafio que já enfrentou na guerra, mas não sabe que a sua missão mais difícil ainda está para vir. Quando os Aliados começam a conquistar posições na praia de Omaha, Miller recebe ordens para entrar em território inimigo com o seu esquadrão para resgatar o soldado James Ryan (Matt Damon), o único sobrevivente de quatro irmãos que se alistaram e morreram em combate com poucos dias de diferença. À medida que avançam pelo território inimigo, os homens do capitão Miller começam a questionar as suas ordens.
– Molokh, Aleksandr Sokurov (1999) [Tetralogia do Poder]
Um dia na intimidade de Hitler, no seu refúgio de Berchtesgaden, na companhia de Eva Braun e de alguns dos seus mais íntimos colaboradores, nomeadamente Goebbels e Bormann. “Molokh” é o primeiro de um conjunto de quatro filmes idealizados pelo realizador sobre homens de poder do século XX. Sokurov fez aquilo que nenhum outro cineasta tinha feito até então, retratar Hitler como apenas uma pessoa. Em 1942, Eva Braun espera ansiosamente a chegada do seu “Adi”. Quando o grupo de homens chega, começa a festa: Hitler apresenta sintomas de hipocondria, conduz uma orquestra, fala irracionalmente de regimes alimentares, do plano de Mussolini para reflorestar a Itália e estragar o clima da Alemanha. Mas, depois das portas fechadas e apenas na companhia da sua amante, Hitler transforma-se.
– O Pianista, Roman Polanski (2002)
Baseado nas memórias de Wladyslaw Szpilman, um brilhante pianista judeu polaco que descreveu, num livro escrito imediatamente no pós-guerra, as memórias da sua luta pela sobrevivência durante o Holocausto nazi. Szpilman viveu no gueto de Varsóvia, totalmente recriado no filme, tal como era entre 1939 e 1945, onde partilhou os sofrimentos, as humilhações e as lutas do povo judeu. Após a destruição do gueto, conseguiu escapar à deportação, refugiando-se nas ruínas da capital. Na última cena, toca a Grand Polonaise Brillante para uma grande plateia em Varsóvia. Antes dos créditos finais é mostrado que Szpilman continuou a viver em Varsóvia até à sua morte em 2000.
– Códigos de Guerra, John Woo (2002)
Na Guerra há segredos que não podem ser revelados. Em dezembro de 1941, os Estados Unidos declaram guerra ao Japão. Nos anos seguintes, a guerra continua no Pacífico, com os americanos a não conseguirem atingir os seus objetivos devido à capacidade com que os japoneses decifravam os códigos das suas transmissões militares. Em 1942, várias centenas de índios navajo são recrutados como fuzileiros e treinados para usarem a sua língua como código. O fuzileiro Enders (Nicolas Cage) fica encarregue de proteger Ben Yahzee, um índio Navajo. No entanto, caso Yahzee caísse nas mãos do inimigo, Enders seria obrigado a proteger o código a todo o custo.
– Os Fugitivos, André Téchiné (2003)
Em junho de 1940, as tropas alemãs avançam sobre Paris. Odile, uma professora viúva, sucumbe ao estado de pânico generalizado e, com os seus dois filhos, junta-se ao grande êxodo da cidade. Phillipe está na flor da adolescência, a pequena Cathy apenas sabe que se dirigem para sul. Após quinze quilómetros, são atacados por um avião alemão, que dizima muitos refugiados. Odile e os seus filhos perdem tudo. Um jovem de cabeça rapada surge do nada e ajuda-os a afastarem-se da carnificina. O seu nome é Yvan e tem dezassete anos. Acabam então por se refugiar numa casa abandonada. Lá, isolados do mundo, sem rádio ou relógio, os quatro conhecem-se pouco a pouco. Odile não pode deixar de ter cuidado com aquele jovem selvagem e analfabeto que mente continuamente, mas que no fundo se importa com eles.
– A Queda, Oliver Hirschbiegel (2004)
Baseado nas memórias da secretária de Hitler, Traudl Junge, e na pesquisa do historiador Joachim Fest, o filme recupera os últimos 12 dias do ditador alemão, aqui protagonizado por Bruno Ganz. A 20 de abril de 1945, Hitler refugia-se num bunker situado sob a Chancelaria, em Berlim. Na superfície, os constantes bombardeamentos da artilharia russa anunciam a chegada do inimigo. A capital alemã encontra-se reduzida a escombros e os combates de rua começam. Apesar do esforço dos poucos soldados, ajudados pelas milícias populares e por crianças da Juventude Hitleriana, a derrota é inevitável. No interior do bunker, Hitler faz os seus últimos preparativos. Com ele encontram-se, entre outros, Eva Braun, a sua companheira, Josef Goebbels, Ministro da Propaganda, e a mulher deste, Magda.
– O Sol (2005), Aleksandr Sokurov [Tetralogia do Poder]
Terceira parte de uma tetralogia sobre homens de poder, este filme recria o histórico encontro entre o Imperador do Japão, Hirohito e o General MacArthur, no fim da Segunda Guerra Mundial. Até então, o Imperador era um semideus no Japão, razão pela qual os americanos o conservaram no trono. Mas Hirohito foi forçado a aceitar a capitulação e assistimos ao encontro entre o vencedor e o vencido. No entanto, dá-nos o raiar do humanismo do imperador Hirohito que, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, apelou ao fim da resistência japonesa.
– Cartas de Iwo Jima, Clint Eastwood (2006)
Este filme mergulha no lado dos soldados japoneses. Décadas depois da batalha, são desenterradas na ilha de Iwo Jima várias centenas de cartas que revelam facetas desconhecidas dos soldados que aí perderam a vida. Os japoneses estavam cientes de que dificilmente sobreviveriam à batalha. Entre eles estavam Saigo, um padeiro que só queria conhecer a filha recém-nascida; um campeão olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo; um jovem ex-agente da Polícia Militar a quem a guerra ainda não roubou os ideais; e o tenente Ito, um militar que preferiria o suicídio à rendição. A liderá-los, o general Tadamichi Kuribayashi. Com poucos meios e poucos soldados, mas uma enorme vontade de vencer, o general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heroico. Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de vinte mil japoneses.
– Os Falsários, Stefan Ruzowitzky (2007)
Salomon Sorowitsch vive uma vida turbulenta de jogo, bebidas e mulheres em Berlim durante a era nazi. Salomon é também um falsificador judeu preso pelo então agente da policia Friedrich Herzog em 1936 e levado para um campo de concentração. Anos depois ambos reencontram-se. Herzog está agora na patente de Sturmbannführer das SS. Este cria um grupo liderado por Salomon para trabalhar na produção de libras e dólares falsos, tendo como recompensa para os presos manterem-se vivos e usufruir de pequenos benefícios. Conhecida por “Operação Bernhard”, foi considerada a maior falsificação de dinheiro da história e produziu 130 milhões de libras.
– O Milagre em Sant’ Anna, Spike Lee (2008)
O filme remete-nos para os acontecimentos do massacre de Sant’Anna (Stazzema) em 12 de agosto de 1944, no qual 560 pessoas – a maioria mulheres, crianças e velhos – foram mortas por oficiais das SS, quase no final da Segunda Guerra Mundial. Adaptação do romance de James McBride, que conta a história de quatro soldados americanos que fazem parte da 92.ª Divisão Buffalo Soldier, formada apenas por negros. Baseados na Toscana, Itália, em 1944, esses quatro homens caem numa armadilha preparada pelos nazis. Acabam por se separar quando um deles decide arriscar a sua própria vida para salvar uma criança italiana. O enredo aborda a segregação racial que existia entre as tropas americanas compostas por negros e comandadas por oficiais brancos.
– Sacanas Sem Lei, Quentin Tarantino (2009)
Durante a II Guerra Mundial, assiste-se a corajosas lutas: do tenente Aldo Raine (Brad Pitt), conhecido como Aldo, o Apache, especialista nos escalpes e líder dos Sacanas, um grupo de soldados americanos escolhidos para espalhar o terror entre os nazis, eliminando-os com especial requinte; de Bridget von Hammersmark (Diane Kruger), uma famosa actriz alemã que na verdade colabora com a Resistência Francesa; e de Shosanna (Mélanie Laurent), uma rapariga judia sobrevivente ao massacre da sua família que acaba em Paris, a gerir um cinema durante a ocupação dos alemães. Nessa sala de cinema, durante a grande estreia de “O Orgulho da Nação”, um filme de propaganda nazi, em que o próprio Hitler e os principais líderes tinham previsto marcar presença, o grupo dos Sacanas e Shosanna cruzam-se com um objetivo comum: a destruição do III Reich.
– As Flores da Guerra, Zhang Yimou (2011)
13 de dezembro de 1937, a data que marca o dia em que a cidade de Nanquim, então capital da República da China, é ocupada pelo Exército Imperial japonês. Durante seis fatídicas semanas, milhares de mulheres são violadas e quase 200 mil chineses são barbaramente assassinados no que se tornou conhecido como o Massacre de Nanquim. John Miller é um agente funerário americano que ali se encontra para tratar do funeral do reitor do colégio católico feminino da cidade. Porém, ele nunca poderia imaginar o papel que desempenharia durante aqueles dias, pois, enquanto a população é violentada pelos soldados japoneses, John acaba por se tornar na última esperança das jovens estudantes.
– A Rapariga Que Roubava Livros, Brian Percival (2013)
Liesel Meminger é uma menina de nove anos que vive em Munique com a sua família adotiva, durante os difíceis anos da Segunda Grande Guerra. Ensinada a ler por Hans, o seu novo pai, ela entrega-se aos livros que rouba e que vai partilhando com os seus amigos e vizinhos. E é assim que nasce uma amizade profunda com Max, um jovem judeu que vive escondido na cave de sua casa e que, tal como ela, se refugia na literatura para escapar à dura realidade. Mas, um dia, ele é obrigado a partir, deixando Liesel mergulhada em desespero.
– A Estrada 47, Vicente Ferraz (2013)
Durante a II Guerra Mundial, em Itália, um esquadrão de caçadores de minas da FEB (Força Expedicionária Brasileira) sofre um ataque de pânico. Desesperados, com frio e fome, os soldados têm de optar entre enfrentar o Tribunal Marcial por deserção ou encarar novamente o inimigo. Os remanescentes do grupo rumam para outro ousado objetivo militar: desarmar o campo minado mais temido da Itália. No caminho, encontram um italiano arrependido que quer tornar-se “partigiano” e um oficial alemão cansado da guerra. Com ajuda do antigo inimigo, conseguem realizar uma missão considerada impossível. Um drama que é uma incursão do cinema brasileiro nos filmes de guerra, trazendo à luz factos que a memória coletiva brasileira não marcou e a sua participação pouco conhecida numa guerra de verdadeiro cariz mundial.
– Fúria, David Ayer (2014)
Tudo aponta para a vitória dos aliados, que culminará no tão ansiado fim da Segunda Grande Guerra. Atrás das linhas do inimigo, em pleno território alemão, o sargento norte-americano Don “Wardaddy” Collier tem a seu cargo um pequeno grupo de homens valentes e um único tanque de guerra. O grande objetivo é matar o maior número de inimigos e sair vivo daquele inferno. Não versa sobre uma geração orgulhosa dos seus feitos, mas da pura definição de pesadelo que representa. E da lama, da sujidade, do sangue, da escuridão. Do som das canções germânicas e dos impropérios americanos. Do barulho dos tanques, das granadas e das metralhadoras.
– Dunkirk, Christopher Nolan (2017)
Um filme épico de guerra inspirado na batalha de Dunkirk, em 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, um episódio em que mais de 300 mil soldados aliados foram evacuados quando estavam rodeados pelo exército alemão. Com recurso a poucos diálogos, uma história nada linear e uma atenção redobrada aos pequenos detalhes, o filme procura mostrar o que aconteceu a partir de três perspetivas diferentes: da terra, do ar e do mar. A maior falha apontada prende-se com o facto de transmitir uma visão onde se omitem da história participações importantes.
– O Fotógrafo de Mauthausen, Mar Targarona (2018)
Um ex-soldado que lutou na Guerra Civil da Espanha encontra-se preso no campo de concentração de Mauthausen durante a Segunda Guerra Mundial. Tentando sobreviver, ele torna-se o fotógrafo do diretor do campo. Quando ele descobre que o Terceiro Reich perdeu frente ao exército soviético na batalha de Stalingrado, torna sua missão salvar os registos dos horrores realizados no local. Filme duro e cruel, como toda a tortura do nazismo, retrata a guerra numa narrativa diferente.
– Jojo Rabbit, Taika Waititi (2019)
A ação desta comédia dramática no limiar do absurdo decorre na Alemanha durante a Segunda Grande Guerra. Jojo tem dez anos e é um fervoroso adepto do nazismo. Tem Adolf Hitler como ídolo e amigo imaginário, o seu maior desejo é tornar-se membro da Juventude Hitleriana. Até ao dia em que conhece uma rapariga judia que a mãe mantém escondida no sótão da sua casa. A princípio, Jojo não consegue esconder a aversão que ela lhe causa, com o passar do tempo, acaba seduzido pela sua humanidade. Essa amizade vai virar-lhe o mundo do avesso e fazê-lo colocar em causa tudo aquilo em que sempre acreditou.
Artigo de Cinema 7arte, aqui.
Se disséssemos que éramos um bando de miúdos, um tanto sonhadores, que queriam fundar um site para escrever sobre cinema e que, por algum desígnio divino, pudéssemos fazer da vida isto de escrever sobre a sétima arte, seria isso possível? A resposta é óbvia: dificilmente. Todavia Isso não impediu o bando de criá-lo em 2008, ano da fundação do Cinema Sétima Arte. O espírito do western tinha-se entranhado em nós…
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