Queremos/desejamos que rapidamente nos permitam programar/projectar o reinício das nossas vidas “normais”. Mas está difícil e parece mesmo que “prognósticos só no final do…vírus”!
Assim, o mais importante, por agora, é focarmo-nos no combate à crise social, económica e sanitária que se está a instalar no nosso país (e no resto do mundo), provocada por esta pandemia do coronavírus.
Neste sentido, Bloco de Esquerda apresentou várias propostas ao governo e à Assembleia da República, definindo dez áreas prioritárias de intervenção urgente numa tentativa de travar o que poderá ser um verdadeiro “pandemónio” social quando tudo isto passar:
Defender o emprego e o salário com medidas de protecção concretas para quem trabalha, seja qual for a sua área.
Proteger a habitação com medidas que não permitam a perda de um direito básico.
Acesso aos bens de primeira necessidade com reduções significativas das tarifas da água, luz e gás (33%) para agregados com quebras dos seus rendimentos acima dos 20%, transportes públicos gratuitos…
Reforçar o SNS e apoiar os/as seus/suas profissionais com a requisição de serviços, profissionais, equipamentos e instalações dos sectores privados e social. Atribuir subsídio de risco.
Apoio social de emergência reforçando os apoios às pessoas cujas fragilidades sociais se acentuaram (crianças/jovens, idosos e outros grupos de risco, violência doméstica…).
Travar as PPP com apoios para pequenas e médias empresas para salvaguardar postos de trabalho.
Colocar os bancos ao serviço da economia com a redução de spreads e proibição da cobrança de comissões de gestão. Alteração das regras para as prestações suspensas…
Terminar o ano escolar da melhor maneira possível: com telescola com transmissão em TDT em articulação com ensino à distância. Alternativas postais para alunos/as sem acesso à Internet. Acompanhamento adequado a alunos/as com necessidades educativas especiais. Alargar os prazos de realização de tarefas, libertando o fim de semana. No ensino profissional flexibilizar o registo das actividades à distância. Acompanhamento directo dos/as alunos/as pelo/a director/a de turma, com registo formal dos contactos para identificar eventual risco social/abandono escolar. Conteúdos leccionados à distância não devem ser considerados na classificação final e suspensão de todas as provas de aferição e das provas finais do 9º ano.
Apoiar estudantes do ensino superior com a suspensão do pagamento de propinas e do alojamento em residências universitárias.
Assegurar a produção cultural com a obrigação por parte do Estado, autarquias e fundações com financiamento público, a pagar as actividades desmarcadas; reagendamento até 90 dias (pagamento imediato de pelo menos de 50%) após o fim do estado e emergência ou cancelamento (pagamento a 100%) e um programa de emergência de 50 milhões de euros para projectos culturais em tempos de isolamento social…
É tempo de convergir na mesma direcção para ultrapassar este mau momento e não deixar ninguém para trás.
As pessoas têm que estar em primeiro lugar!
Nascida em Viseu em 1967, é sobejamente conhecida na cidade que a viu crescer, pela dedicação e alegria com que se empenha na sua intensa actividade profissional, cívica, desportiva, associativa, sindical, cultural e política. Professora de Educação Física e Mestre em Atividade Física e Desporto. De 2008 a 2013 foi presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viseu. Actualmente é dirigente sindical (SPRC Viseu, FENPROF), foi membro da Direcção da FRAP (Federação Regional de Associações de Pais) de Viseu, Membro da Associação de Professores de Educação Física - APEF VISEU. Membro da Comissão Concelhia de Viseu e da Comissão Distrital de Viseu do BE. Esta autora escreve segundo o antigo acordo ortográfico.