“Quero ir para a Escola!”

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Foto por Tumisu | Pixabay
Chegou ao fim o ano lectivo depois de um período atribulado, em que toda a gente teve que se reinventar para que fosse possível continuar a aprender sem a tradicional (rica tradição) ida à escola: o ensino à distância.

Como professora e directora de turma foi muito difícil fazer parte desta solução (que era a possível devido à pandemia) tendo em conta que este processo veio acentuar ainda mais as desigualdades sociais dos nossos/as alunos/as e das suas famílias.

As famílias tiveram que lidar, em casa, com um grande excesso de materiais, por via digital ou fotocópias para quem não tem computador ou Internet.

Toda esta tentativa de reproduzir o contexto de sala de aula à distância não é compatível com o acompanhamento justo e necessário do processo ensino aprendizagem.

A vida familiar foi “invadida”, em muitos dos casos a duplicar, a triplicar…,com este excesso de trabalho causando stress e ansiedade.

As famílias sempre apresentaram graus muito diferenciados de formação o que, neste modelo, acentuou ainda mais as desigualdades na aprendizagem, reflectindo-se no desenvolvimento.

Acredito que todos os professores e professoras deram o seu melhor mesmo tendo que trabalhar com os mais diversos recursos informáticos que muitas vezes falhavam ou estavam inacessíveis, provocando desespero e mesmo exaustão.

Agora é preciso encontrar estratégias que permitam o regresso às aulas presenciais em segurança.

Para isso, o Ministério da Educação já deveria estar a definir um conjunto de medidas essenciais para que as escolas se preparem (já não falta assim tanto tempo) para o inicio das aulas presenciais  no próximo ano lectivo em Setembro.

A redução do número de alunos/as por turma (proposta do BE chumbada recentemente em plenário da Assembleia da República), desdobramento de horários, contratação de mais profissionais docentes e não docentes, técnicos especializados…terão que ser parte da solução para que toda a gente esteja em segurança e porque o direito à educação desta geração depende do seu regresso à escola (UNESCO).

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Nascida em Viseu em 1967, é sobejamente conhecida na cidade que a viu crescer, pela dedicação e alegria com que se empenha na sua intensa actividade profissional, cívica, desportiva, associativa, sindical, cultural e política. Professora de Educação Física e Mestre em Atividade Física e Desporto. De 2008 a 2013 foi presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Viseu. Actualmente é dirigente sindical (SPRC Viseu, FENPROF), foi membro da Direcção da FRAP (Federação Regional de Associações de Pais) de Viseu, Membro da Associação de Professores de Educação Física - APEF VISEU. Membro da Comissão Concelhia de Viseu e da Comissão Distrital de Viseu do BE. Esta autora escreve segundo o antigo acordo ortográfico.

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