Obviamente que aquilo que está a acontecer na Europa, e um pouco por todo o mundo, não terá a mesma estratégia que teve o nazismo e o fascismo. Primeiro, porque a História nunca se repete e, segundo, a estratégia, hoje, é brindada com as redes sociais. Mas há algo em comum: o medo. Uma pesquisa levada a cabo semanas antes da eleição de Jair Bolsonaro mostrava que o medo pairava no eleitor conservador de direita. E o medo transforma-se em ódio: ódio esse que não se orienta nem se envolve nas lutas contra a corrupção, as injustiças sociais e económicas, a evasão fiscal, mas, sim contra as minorias: os imigrantes, as mulheres, os negros, os ciganos. Enfim, as classes mais desfavorecidas da sociedade. A fórmula é simples: vender a ideia de uma democracia fraca, onde se junta a promessa de uma estabilidade económica e política pelo meio da força e o resultado é o autoritarismo.
Linguista, investigador científico, feminista e ativista social.
Nascido em Lisboa, saiu da capital rumo a Terras de Trás-os-Montes e cedo reconheceu o papel que teria de assumir num interior profundamente desigual. É aí que luta ativamente contra as desigualdades sexuais, pelos direitos dos estudantes e dos bolseiros de investigação. Membro da Catarse - Movimento Social, movimento que luta contra qualquer atentado à liberdade/dignidade Humana. Defende a literacia social e política.
(O autor segue as normas ortográficas da Língua Portuguesa)
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