Entrevista a Mário Tomé, destacado Militar do Movimento dos Capitães.

Caro Mário Tomé: Se tivesses de escolher um momento importante da tua vida, que já conta com 80 anos, que instante escolherias?

É uma resposta sempre muito complicada, pois uma vida deste tamanho – e mesmo uma vida mais pequena – tem muitos instantes fundamentais. De qualquer maneira, tendo em conta o tempo que vivemos, diria que foi o 25 de abril. A preparação do 25 de Abril foi um trabalho excelente, do ponto de vista da análise da situação, da convocação dos camaradas militares, dos capitães, para participarem num movimento interno às forças armadas que levasse à liquidação do fascismo, um passo para acabar com a guerra colonial, a razão fundamental do 25 de Abril. A revolução teve uma preparação exemplar, pois o 25 de Abril foi uma operação de militares. Não digo das forças armadas, depois explicarei porquê. Foi uma operação militar muito bem executada. Podendo estar a exagerar um pouco, direi que o 25 de Abril foi a melhor operação militar concebida da nossa história militar, pois foram passos sucessivos de aprofundamento da vontade, do conhecimento daquilo que se queria, que nos levou ao 25 de abril e, posteriormente, ao PREC (Processo de Revolução Em Curso). Participei ativamente no PREC, e o PREC em si foi decisivo para que o fim da guerra fosse uma realidade. De notar que todos queriam o fim da guerra, mas havia quem quisesse acabar com a guerra obrigando os movimentos de libertação a aceitar propostas que eram inaceitáveis, tal como o não reconhecimento da autodeterminação e do direito à independência, um problema que acompanhou o MFA (Movimento das Forças Armadas) durante o PREC em que o Spínola e os seus assessores, acólitos militares, queriam manter uma certa hegemonia, simbólica, política e civilizacional de Portugal sobre as colónias. Para Spínola, autodeterminação sob a égide de Portugal. Spínola foi um comandante militar que se distinguiu porque, em 74, editou um livro importante (Portugal e o futuro, Editora Arcádia). Há quem o considere importante, mas não foi determinante. Foi importante porque ajudou o movimento. Os mais hesitantes, quando viram um homem, prestigiado do ponto de vista militar, como o Spínola, sentiram-se incentivados a aderir ao movimento dos capitães. Porém, o Spínola e os seus acólitos, como já referi, queriam que Portugal continuasse a hegemonizar a autodeterminação das colónias, impondo condições para Portugal continuar a ter um determinado papel. Como era inaceitável que qualquer movimento de libertação pudesse aceitar tal exigência gerou-se uma luta interna dentro do MFA durante o PREC.

O Mário Tomé participou na guerra colonial portuguesa, salvo o erro, entre 1963 e 1974. Que guerra foi essa?

Sim, fiz 4 comissões. A guerra colonial podia ter sido evitada, porque os dirigentes dos movimentos de libertação, antes de iniciarem a luta armada tentaram, de todas as maneiras, que o governo de Portugal, o governo de Salazar e, principalmente, com o governo de Marcelo Caetano, aceitassem fazer negociações para o reconhecimento do direito à autodeterminação e à independência, que era consentânea e de acordo com a carta das Nações Unidas, pois Portugal – nessa altura – já estava fora da carta das Nações Unidas. As Nações Unidas já condenavam Portugal pelo colonialismo e por o governo não querer acabar com tal situação. A guerra podia ser evitada pois, para além do movimento de libertação, já tinha havido o Maio de 68 em todo o Mundo, em França com aquelas proporções fantásticas com o povo inteiro a levantar-se contra a civilização burguesa. Um movimento iniciado pelos estudantes, que já lutava contra a guerra no Vietname e que se repercutia por todo o mundo, nomeadamente em Portugal. As próprias lutas académicas de 62 e de 69, já faziam da luta contra a guerra colonial, a linha fundamental contra o fascismo . A luta contra o fascismo era a luta contra a guerra colonial! Em 61 há uma tentativa, de generais e políticos civis, de destituir Salazar para impedir o que consideravam um caminho que nos ia levar a “dar com os burrinhos na água” como se costuma dizer. Tentaram um golpe contra o Salazar que falhou, por falta de determinação e de planeamento devido, levando-nos para a guerra. O fascismo precisava da guerra! O fascismo tinha a noção que podia ser liquidado pela própria guerra, tal como veio a acontecer. Eles sabiam que já não tinham caminho para andar… Sabiam que a guerra estava condenada internacionalmente, pelas Nações Unidas. Costumávamos dizer que a guerra colonial era a corda que prendia o enforcado. O fascismo dependia da guerra colonial, mas essa corda – a que estava agarrado – era aquela que o ia enforcar. A guerra surge pela total incapacidade, pela falta de vontade, nomeadamente de Marcelo Caetano, de responder ao apelo dos movimentos de libertação . Como tal golpe, de 61, não resultou , o movimento em Portugal associado a outros movimentos mundiais contra as guerras coloniais, contra o colonialismo (contra o colonialismo francês na Argélia, que foi derrubado, por exemplo, entre outros) foi reforçando-se, sabendo que a guerra não ia resultar, pois estava contra a história, contra a ONU, contra a opinião internacional. Mais! Cedo se revelou a incapacidade logística e militar de manter tal guerra, pois os movimentos de libertação começaram a ter meios técnicos de combate e de armamento superiores aos nossos. Como costumo dizer: a guerra colonial começou com a catana (com os massacres no norte de Angola) contra a espingarda Mauser e contra a G3 e acabou com a mesma G3 contra os foguetões Strela (russo), que abatiam aviões.

 

O 25 de Abril, revolução dos cravos, foi uma revolução dos militares. De Vasco Lourenço, por exemplo?

Foi uma revolução de militares! Diz-se que foi uma revolução das forças armadas, mas isso não é verdade. Para haver o 25 de Abril teve de haver, dentro das forças armadas, um movimento para liquidar a hierarquia das forças armadas. Nota: não há forças armadas sem hierarquia! Portanto nós fomos debilitando a capacidade de comando da hierarquia das forças armadas até ao dia 25 de Abril, em que se prenderam comandantes de certas unidades, etc., e… os capitães fizeram o golpe militar que derrubou o fascismo. A situação poderia ter ficado por aí. Acabava-se com o fascismo, criava-se um regime dito democrático (talvez democrático à maneira de hoje) mas, aquilo a que se chamou “as conquistas de Abril” não teriam existido da forma como existiram. Foi o movimento popular que obrigou as próprias forças armadas e o movimento dos capitães, posteriormente chamado movimento das forças armadas, a dar passos que não queriam dar, a dar passos que foram obrigados a dar. As grandes conquistas de Abril foram conseguidas pelo movimento popular. A população contou com um movimento das forças armadas que não reprimia, mas que ia resistindo à sua movimentação. O MFA fez coisas muito importantes, tal como as campanhas de dinamização cultural, propagação dos conceitos de liberdade e de democracia, mas não foi ao cerne da questão, do regime. Não nos podemos esquecer que o fascismo nunca foi julgado. Criou-se um tribunal cívico, Humberto Delgado, com iniciativa da UDP (União Democrática Popular), que juntou personalidades de alto gabarito da resistência antifascista , como Maria Lamas, para fazer o julgamento do fascismo, com depoimentos recolhidos por gente da UDP, do MES e outros. Institucionalmente o fascismo nunca foi julgado. E deveria ter sido julgado. O julgamento dos facínoras torcionários da PIDE foi uma farsa. Não houve um julgamento da PIDE como instituição fascista, criminosa. Isto marcou o futuro! Estes factos criaram dissensões dentro do movimento, começando pela contradição da coordenadora com os “Spinolistas”, que queriam um Império a fingir que não eram império, com uma autodeterminação que coubesse dentro de um conceito geral da simbologia de Portugal e os que queriam a Paz. Em 28 de Setembro de 74, Spínola – enquanto Presidente da República – ainda tentou um apelo, àqueles a que chamou “a maioria silenciosa”… Normalmente os ditadores apelam às maiorias silenciosas contra o que chamam a bagunça do movimento popular, contra o anarco-populismo, com dizia Mário Soares. Contra um movimento popular que defendia a ocupação da terra (reforma agrária) e das casas vazias, que era contra os despejos, os despedimentos. Lembrar que o Vasco Lourenço teve um papel muito importante no 25 de Abril. Se Otelo foi o estratega operacional, se o Maia foi o comandante operacional no dia 25 de Abril, o Vasco Lourenço foi, na perspetiva da organização e da direção do movimento, o coordenador. Com o desenrolar dos acontecimentos, o PCP (Partido Comunista Português) julga tomar conta do processo e, apesar dos EUA e a Rússia já terem fechado o “tratado de Tordesilhas”, o medo do anarquismo, do comunismo toma conta da situação. Apesar de Carlussi e Kissinger saberem que tudo estava tratado, deixaram que certos fantasmas aparecessem para ajudar a travar o desenvolvimento do movimento popular, que tinha uma orientação bem clara: paz, pão, habitação, saúde, educação, liberdade. Bem-estar para todos!

Caso o golpe de 25 de Novembro de 1975 não tivesse ocorrido, Portugal seria, hoje, um País mais desenvolvido, mais amigo dos cidadãos?

Eu não posso afirmar isso! Acho que sim, mas não posso afirmar de uma forma perentória, porque na história não há “ses”. Se o 25 de Novembro foi possível, foi porque as forças políticas progressistas de esquerda – o Partido Socialista hoje, um partido neoliberal na altura já estava feito com os americanos, com a estratégia imperialista dos Estados Unidos – não foram capazes de estabelecer uma estratégia comum que potenciasse a ação do movimento popular. Em geral os partidos de esquerda estavam capturados, pelo dogma e representação do exemplo soviético, digamos assim, apelando a uma revolução com princípios do Outubro de 1917 (Revolução na Rússia), o que a meu ver era um disparate total, pois após a II Guerra Mundial estes princípios já não faziam sentido nenhum; ou pelo dogma da social democracia, que – segundo tais políticos – seria o sistema que iria resolver os problemas do País. Isto, numa fase, em que a social democracia já não tinha caminho, em que, um ano depois do 25 de Abril, Reagen e Teacher impunham o Neoliberalismo. A relação dos trabalhadores com o capital tinha-se transformado completamente. As “migalhinhas” que a social democracia poderia dar aos trabalhadores acabaram… Quem passou a determinar o rumo das pessoas, tal como ainda hoje acontece, foi o sistema financeiro; as finanças. Ao sistema financeiro atual, só interessa uma coisa: que o Estado, seja ele democrático ou ditatorial, garanta a credibilidade da dívida. O sistema neoliberal vive da dívida! Portanto, eles querem que o Estado garanta que a dívida seja paga, pois investem na dívida. Poderia ter sido diferente, se as forças de esquerda tivessem sido capazes de se libertarem dos dogmas e de continuarem na via da vontade popular; a única garantia da democracia e do desenvolvimento de um País. Teria sido possível criar um País melhor, embora a Europa, já nessa altura, fosse um obstáculo muito grande, pois a Europa era para as forças de direita (ditas sociais democratas), a referência máxima e a segurança máxima contra o tal papão do comunismo, que já não existia nessa altura. E a Europa política e económica era já a união dos interesses da grande indústria, do grande capital à disposição do grande ascendo do poder global da finança.

 

Num outro dia, escreveste: “Utopia e revolução as duas coordenadas do movimento socialista, de acordo com Karl Marx”. Na tua perspetiva, o que é o socialismo? É possível uma Europa socialista?

É evidente que é possível um mundo, uma europa socialista. Utopia como aquilo a que as pessoas querem aceder. O que é que os povos querem? Lá está: paz, pão, habitação, saúde, educação, liberdade… A utopia é uma referência de futuro. Que deve guiar – que guia, quer queiram quer não – as pessoas. É o sonho das pessoas, mesmo quando estão a trabalhar contra, pensando que estão a trabalhar a favor. Revolução é o movimento que leva às transformações radicais, tendo em conta tal utopia. O socialismo não é algo que se construa previamente, como quem faz uma planta, impondo um conceito. O socialismo vai ser determinado pelo movimento social das massas, ao encontro da utopia. O socialismo não se pode fazer com régua e esquadro como tentaram fazer na União Soviética, na China, em Cuba, etc. O socialismo é o poder dos trabalhadores, aquilo que os trabalhadores constroem na sua luta. Outra questão é: porque é que os trabalhadores estão sempre em luta? Porque há uma coisa, que se chama Capital, que apenas se pode guiar pelo lucro. Se o capital não tiver lucro, morre. Este é o grande muro! Todas as lutas, desde as mais pequenas, têm de ter como objetivo a destruição desse muro. Em vez do lucro, os interesses genuínos dos povos é que têm de mover as sociedades. É por aí que estamos a ir. Há teoria e pensamento para esse caminho, apesar da capacidade das forças de esquerda ainda não estarem a conseguir agregar o pensamento teórico de Karl Marx. A grande herança que Marx, grande pensador e filósofo, que estudou a história profundamente, nos deixou, foi o estudo sério, profundo e exaustivo do capitalismo. Foi Karl Marx quem estudou profundamente o capitalismo e que o dá a conhecer. Porque é que “O Capital”, de Karl Marx, teve uma repercussão tão grande no mundo? Porque dá uma resposta teórica, porque mostra que o socialismo é possível. Porque mostra quem é o agente fundamental da transformação histórica dos tempos atuais, o proletariado. O proletariado que não é só o operário de fato de ganga; são todos aqueles que não têm os meios de produção, todos aqueles que são dependentes de um salário. Exceto, claro, aqueles dependentes de altos salários, que estão no topo, que são, apenas, instrumentos do capital. O proletariado é quem trabalha: o funcionário, o assalariado, o cientista, o professor, o médico. É por isso que é preciso criar as condições para mobilizar, para mostrar às pessoas – mesmo aquelas menos crentes – que sem a utopia se vão estampar contra o muro. A grande alienação do mundo de hoje, o fato que mais impede a realização da utopia, a construção do socialismo, é a propriedade. A propriedade dos grandes meios de produção e tudo aquilo que controla a sociedade, que é intocável, tal como a especulação, a banca, etc. são os grandes pilares do capital. Isto tem de ser confrontado e derrubado. O muro poderosíssimo tem de ser derrubado, tal como o muro de Berlim foi derrubado. Este muro que precisa de crises, vive de guerras. Nesta crise, sabendo-se que há milhões de pessoas a morrer à fome, os muito ricos estão a encher-se ainda mais de dinheiro… O povo não pretende isso. A sociedade moderna tem sido confrontada com duas situações: guerra ou revolução. Para impedir a revolução, tivemos a I Guerra Mundial. Outros factos foram causadores, tal como a distribuição das colónias, etc., mas o essencial foi sempre impedir a revolução. Nem todas foram impedidas, porque houve homens inteligentes e dedicados à causa proletária, tal como Lenin, que impediram o povo de se envolver na guerra apelando à revolução. Depois, houve a grande crise de 1926, de Wall Street, nos Estados Unidos que chegou à Europa. Qual foi a resposta da Alemanha? Foi a guerra. Poderá ter havido outros motivos, mas a guerra surge porque as forças dominantes alemãs precisavam de travar a revolução. O dilema guerra ou revolução permanece. Claro que nós, escolhemos a revolução. Revolução, no sentido da transformação radical da sociedade. Acabar com o domínio do lucro que nos está a levar à destruição do Planeta. O capitalismo está a fazer com que se deixe de ter um Planeta onde se possa viver. Felizmente que a juventude, que está aflita e angustiada, começa a questionar o seu futuro. Felizmente que surgiu um movimento liderado pela Greta Thumberg dizendo que é urgente parar isto. A própria Greta, que só aconselhava a mudar, passou a dizer que esta maneira de produzir, este sistema económico determinado pela finança não é capaz de travar as alterações climáticas. Foi muito importante, esta referência para milhões de jovens, ter dito isto, pois o futuro está na juventude. As revoluções foram e vão ser feitas pela juventude. O 25 de Abril foi feito pela juventude, pois os capitães eram jovens de 20, 30 anos.

 

Que caminho estás disposto a percorrer para lutar contra o neoliberalismo, a favor das conquistas de Abril?

Eu percorrerei todos os caminhos que se abrirem, e os que contribuirei para abrir. Quando me meti no 25 de Abril foi para acabar com a guerra; pouco mais. Mas no movimento de preparação, no movimento dos capitães, no 25 de Abril e, depois, no PREC, fui ganhando capacidade, conhecimento e vontade, perceção de que, sem uma transformação radical das sociedades, não vamos a parte nenhuma. Sem revolução, continuaremos pobres e a morrer em guerras sem sentido para os mais ricos ficarem cada vez mais ricos. Samir Amin, um grande homem do pensamento social e económico, que morreu há pouco tempo, disse que o desenvolvimento da economia capitalista nos ia levar ao genocídio das massas camponesas. Isto já está a acontecer e tem de ser travado. Na minha opinião, estamos perante um dilema: tendo em conta o desenvolvimento das tecnologias e da ciência, com a necessidade de a própria ciência, que é internacionalista, se impor, exigindo a unificação das politicas em que ela se insere, em que se desenvolve a nível mundial, ou nos cingimos à unificação das políticas mundiais, ao reforço do poder do capital, à criação de mais debilidades, a uma sociedade controlada pelo fascismo tecnológico, que é o que está a acontecer, ou se faz a revolução, quer do ponto de vista do aproveitamento da energia, quer do ponto de vista do desenvolvimento da ciência e da tecnologia a favor das pessoas, reforçando-se o poder dos trabalhadores que, estando na posse dos fatores decisivos, poderão transformar, radicalmente, a sociedade. É para amanhã ou para depois da amanhã? Para logo? Não sei. Se não tivermos esta perspetiva, estaremos a nadar em seco, a remar parados e o 1% continuará a engordar e mesmo comendo demais não rebentarão, mas continuarão a sacrificar milhões. Isto é cada vez mais notório. Portanto, meu Caro, os caminhos que eu estou disposto a percorrer são todos aqueles que são necessários. Ao meter-me no PREC decidi que não poderia abandonar a luta, que não podia pôr-me de lado a ver as coisas a acontecer. Seria uma tração a mim próprio. Eu julgo que entendi as ideias fundamentais que movem as sociedades, as ideias que estruturam as sociedades e os interesses que determinam o funcionamento das sociedades, hoje. Se me pusesse de lado, estaria a trair o meu pensamento, o que seria impensável. Portanto, rasguem-se caminhos e trabalha-se os que já se estão a abrir. Mas de uma coisa, tenho certeza: há muito que labutar.

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Nasceu e cresceu em Viseu, no seio de uma família com fortes raízes na cidade. Vive em Lisboa desde 2007 e desenvolve o seu trabalho como empresário em nome individual. É dirigente associativo desde muito novo, estando ligado à política, ao desporto e à economia.

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