Dicas Sustentáveis – O efeito GreenWashing e a política dos 3 R’s: parte 2

Já aqui falamos de Greenwashing, e como é que ele se aplica no nosso dia-a-dia. Mas há algo que irá ajudar a evitar não só o Greenwashing, mas também a se adotarem comportamentos mais sustentáveis.
Provavelmente já ouviu falar sobre a importância da Reciclagem!
Em Portugal vem-se fazendo um esforço, dando infraestruturas, apelando à sensibilização para se reciclar…mas até mesmo a reciclagem tem um preço alto a pagar!
Ora, não nos entenda errado….reciclar é muito importante, mas só e apenas, quando já não há outra alternativa.
Hoje vimos falar-lhe dos 3R’s. Há quem defina que devem ser 5R’s, mas nós vamos focar nos 3 principais. E o que são então os 3 R’s?
1 – Reduzir
2 – Reutilizar
3 – Reciclar
Como podem ver, a Reciclagem vem no fim e não é por acaso. Vivemos numa realidade que promove o consumismo desenfreado. Só que isso tem custos muito pesados para o ambiente, nomedamente porque não temos recursos naturais para acompanhar esse consumo, como também não temos balde do lixo suficiente para descartar o desperdício que se gera, nem da poluição que se causa. Ou ainda, a consequência paralela causada pela exploração de mão de obra mal paga e muitas vezes infantil.
E por isso é importante perceber, que Greenwashing é também isto. Não podemos manter os mesmos hábitos de consumo desenfreado e esperar que a reciclagem resolva o problema.
1 – É preciso reduzir. É preciso reduzir. É preciso reduzir.
E pode ser mais fácil do que parece. As vezes consumimos produtos que na verdade não precisamos realmente.
Reduzir não significa deitar para o lixo tudo o que achamos que já não precisamos, para logo a seguir substituir por outras que até podem ser mais sustentaveis mas que na verdade, não precisamos. Avalie bem se precisa de um determinado produto ou se pode servir-se com o que já tem ou até pedir emprestado. E em relação aquilo que não precisa, poderá doar ou vender, dando assim a oportunidade a outra pessoa de o usar.
Reduzir também se aplica à alimentação. Opte por mais produtos a granel (e locais!) e menos produtos embalados. Leve os seus sacos de casa para o supermercado para as frutas, legumes e as compras em geral e irá notar uma redução significativa no desperdício de plástico de utilização única.
E porque não reduzir as viagens de carro particular e optar mais por transportes públicos, a pé ou de bicicleta?
2 – E reutilize. Reutilize ao máximo aquilo que não consegue recusar ou reduzir o consumo e tente obter produtos que sejam reutilizáveis por muito tempo (duráveis), versáteis e, se possível, facilmente reparáveis.
Existem vários artigos que poderá reutilizar e que o ajudarão a reduzir a sua pegada ecológica. Por exemplo o uso do copo menstrual, as palhinhas de aço inoxidável, as garrafas de água reutilizáveis, as roupas da avó e da mãe/pai que são agora vintage, os sacos de pano para as compras, etc.
E sempre que algo se danifique, tente arranjar em vez de comprar novo. Às vezes tendemos a pensar que se arranjar fica pouco mais barato do que comprar novo, mas pense de novo, porque o custo no longo prazo é muito maior.
3 – E por fim. Recicle. Portugal ainda tem uma taxa de reciclagem muito baixa e precisamos mudar essa tendência, mas reciclar é o ultimo R. Se reduzirmos e reutilizarmos, também precisaremos de reciclar menos!
Afinal, só temos um planeta, e não há planeta B.

Publicado por Movimento Estrela Viva a 29 de janeiro de 2020.

 

Dicas Sustentáveis – O efeito GreenWashing (publicidade verde): parte 1

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O Movimento Estrela Viva é um grupo informal de cidadãos com ligações à Serra da Estrela e regiões limítrofes que surgiu após os incêndios de outubro de 2017, e que se afirma laico, apartidário e sem fins lucrativos. Tem a missão de proteger e valorizar o território através de ações de preservação da natureza e de desenvolvimento do meio rural (promoção de produtos endógenos, valorização das comunidades, preservação de valores e tradições), sustentadas em modelos colaborativos e de cooperação com parceiros locais, na capacitação dos cidadãos e segundo uma lógica de desenvolvimento sustentável.
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