No início de dezembro terá lugar a COP 25 patrocinada pelas Nações Unidas. Mais uma cimeira na sequência de muitas outras que não têm respondido à emergência de salvar o Planeta. A política de “avestruz” tem prevalecido, ao arrepio de todos os estudos científicos que enfatizam a necessidade de se implementar uma economia amiga do ambiente. Para inverter esse caminho seria necessário romper com um paradigma de crescimento económico assente na ganância e no lucro a qualquer custo e não tem havido vontade política de o fazer!
Até agora, os governos dos países mais desenvolvidos têm-se ficado por declarações de intenção, contrariadas na prática por decisões como a possibilidade de compra de créditos de emissão de carbono e o apoio à carbonização da economia. Não se vislumbra uma aposta séria e credível na defesa do ambiente e das pessoas. que passaria, nomeadamente, pelo reconhecimento da água e da energia como bens comuns. As áreas naturais como as florestas que armazenam carbono também não têm sido protegidas, bem como a agricultura ecológica e campesina.
Os efeitos da ausência de políticas que combatam a degradação das condições de vida na Terra começam já a fazer sentir-se: enchentes nas áreas urbanas, seca extrema em diversas regiões; extinção de diversas espécies que lidam com o aumento da temperatura, a poluição de rios e mares; derretimento de grandes massas de gelo das regiões polares e consequente aumento do nível das águas do mar; aumento de casos de desastres naturais como inundações, tempestades e furacões.
Entretanto, em todo o planeta, vai crescendo a torrente de pessoas que recusam esta realidade e se mobilizam em defesa de alternativas que promovam a justiça climática. A Plataforma Já Marchavas que abraça, também ,causas ambientais junta-se a este clamor em defesa da justiça climática e far-se-á representar na contra cimeira de Madrid (COP 25), a Cimeira Social pelo Clima – Além da COP25: Povos pelo Clima -, exigindo medidas efetivas que respondam à emergência climática, e apela a que todas as organizações e ativistas ambientais do distrito de Viseu se juntem a nós na defesa desta causa.
No início de dezembro marcaremos presença em Madrid. A Casa Comum da Humanidade não é uma mercadoria. É a nossa vida que está em causa!
Organizações subscritoras e informações, nacional:
http://salvaroclima.pt/
Organizações subscritoras e informações, internacional:
https://cumbresocialclima.net/
A Plataforma Já Marchavas é um movimento de cidadãs/ãos e de colectivos unidos na defesa de direitos Humanos, Ambientais e Animais.
O projecto Já Marchavas nasceu em maio de 2018 em Viseu reunindo sinergias diversas. Ainda em 2018 o projecto Já Marchavas levou mais de mil pessoas a participar na 1a Marcha pelos Diretos LGBTI+ em Viseu, denominada por alguns como a Marcha do Amor. A Plataforma Já Marchavas surgiu no ambiente pós-marcha concretizando a cooperação do projecto inicial e dando-lhe continuidade para outras causas comuns. Em Dezembro a Plataforma passou a integrar a Rede 8 de Março.