50 anos do final do julgamento das Três Marias, documentário “Novíssimas Cartas Portuguesas” está disponível online

O filme que traz um olhar sobre os feminismos do séc. XXI e que celebra a obra, a coragem e as mulheres passa a estar disponível gratuitamente em novissimas.pt.
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Estreado em 2022, no Festival Olhares do Mediterrâneo, o documentário “Novíssimas Cartas Portuguesas” é um trabalho colectivo de mulheres feministas quis participar e comemorar a obra escrita por Maria Velho da Costa, Maria Isabel Barreno e Maria Teresa Horta.”

O coletivo de mulheres composto por “designers, editoras, produtoras, tradutoras, professoras, amigas, companheiras de discussão sobre feminismos e companheiras nas lutas contra as desigualdades”, disponibiliza o documentário no site novissimas.pt e no youtube, precisamente no dia em que há 50 anos (7 de maio de 1974), o processo de julgamento das 3 Marias terminou com a sentença: “O livro não é pornográfico, nem imoral. Pelo contrário: é obra de arte, de elevado nível, na sequência de outros que as autoras já produziram.”

“A 25 de outubro de 1973, inicia-se o julgamento das 3 Marias, uma perseguição de espírito obscurantista que caracterizava o regime ditatorial que será derrubado daí a pouco menos de 1 ano. O livro Novas Cartas Portuguesas foi publicado em 1972, tendo sido recolhido e destruído 3 dias após o seu lançamento, por ‘conteúdo insanavelmente pornográfico e atentatório da moral pública.'”

50 anos depois do final do julgamento, as realizadoras deste filme celebram assim esta conquista das mulheres para o 25 de abril e do feminismo em Portugal e no Mundo.

Exibido também no Festival Porto Femme e no Desobedoc Viseu, para além das inúmeras exibições públicas que teve por todo o país, o filme reúne entrevistas inéditas a Maria Teresa Horta, Helena Neves ou Ana Campos e discute as novas fronteiras do que é ser mulher, entrevistando Rita Rato, Sara Barros Leitão, mulheres trans, mulheres negras e jovens.

“Novíssimas Cartas Portuguesas” venceu vários prémios, entre os quais o de Melhor Documentário no Women’s International Film Festival Nigeria, o de Melhor Filme no Porto Femme e no Festival Política.

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