“O Ano da Morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, estreia em setembro

“O Ano da Morte de Ricardo Reis”, o novo filme do cineasta João Botelho, é uma adaptação ao cinema de uma obra literária do escritor e Prémio Nobel da Literatura José Saramagopublicada em 1984. Estreia nas salas de cinema portuguesas a 24 de setembro.

Segundo o realizador, a obra ganha uma nova urgência com o regresso atual dos populismosBotelho já tinha adaptado ao cinema outras obras literárias de autores como Eça de Queirós, com “Os Maias: Cenas da Vida Romântica” (2014), Fernando Pessoa, com Filme do Desassossego” (2010) e Agustina Bessa-Luís, com “A Corte do Norte” (2008).

“O Ano da Morte de Ricardo Reis” é produzido pela produtora Ar de Filmes e conta com Chico Díaz (no papel de R. Reis), Victoria GuerraCatarina Wallenstein, Dinarte Branco, Pedro Lacerda, entre outros no elenco. João Ribeiro, que trabalhou em filmes como “Cartas da Guerra” (2016), “Treblinka” (2016) e “Luz Obscura” (2017), assina a direção de fotografia desta produção filmada a preto e branco.

“Fernando Pessoa, um dos maiores escritores da língua portuguesa estabeleceu um gigantesco universo paralelo criando uma série de heterónimos para sobreviver à sua solidão de génio. José Saramago, prémio Nobel da literatura em 1998, fez regressar o heterónimo Ricardo Reis a Portugal, ao fim de 16 anos de exílio no Brasil. 1936 é o ano de todos os perigos, do fascismo de Mussolini, do Nazismo de Hitler, da terrível guerra civil espanhola e do Estado Novo em Portugal, de Salazar. Fernando Pessoa, o criador, encontra Ricardo Reis, a criatura. Duas mulheres, Lídia e Marcenda são as paixões carnais e impossíveis de Ricardo Reis. “Vida e Morte é tudo um”, permite a literatura e o cinema também. Realismo fantástico.”

Antes da sua estreia comercial nas salas, “O Ano da Morte de Ricardo Reis” vai estrear no dia 20 de setembro, no Teatro Nacional São João, no Porto, e nos dias 22 e 23 de setembro, o filme será exibido no CCB (Centro Cultural de Belém).


Publicado em Cinema Sétima Arte a 21 de agosto de 2020.

Imagens retiradas de Cinema Sétima Arte.

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Se disséssemos que éramos um bando de miúdos, um tanto sonhadores, que queriam fundar um site para escrever sobre cinema e que, por algum desígnio divino, pudéssemos fazer da vida isto de escrever sobre a sétima arte, seria isso possível? A resposta é óbvia: dificilmente. Todavia Isso não impediu o bando de criá-lo em 2008, ano da fundação do Cinema Sétima Arte. O espírito do western tinha-se entranhado em nós…
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Portuense mas reside em Viseu desde 2015 e é apaixonado por cinema e política. É administrador do site Cinema Sétima Arte, programador de cinema no espaço Carmo 81 e fez parte da equipa que reabriu o Cinema Ícaro, em Viseu, com o Desobedoc 2018. É ativista na Plataforma Já Marchavas, que organizou a 1.ª Marcha LGBTI+ de Viseu, em 2018.

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