LIFE Rupis: marcadas pela primeira vez com GPS duas crias de abutre-preto no PNDI

Abutres-pretos. Fotografia Palombar.
Abutres-pretos. Fotografia Palombar.
Foto por Palombar
Foram marcadas nos dias 26 de junho e 13 de julho deste ano, pela primeira vez, duas crias de abutre-preto (Aegypius monachus) no Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), numa ação realizada no âmbito do projeto LIFE Rupis, o qual tem vários parceiros, entre os quais a Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural.
As duas crias marcadas pertencem aos dois únicos casais reprodutores de abutres-pretos até agora identificados no PNDI e em ambas foram colocados dispositivos GPS cedidos pela Vulture Conservation Foundation. A ação foi liderada pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF/DRCNF do Norte/PNDI), com intervenção da Transumância e Natureza – Associação, também parceiros do LIFE Rupis.
O abutre-preto extinguiu-se como nidificante em Portugal no início da década de 70. No entanto, a espécie manteve-se presente na faixa fronteiriça das regiões centro e sul, com indivíduos provenientes de Espanha. Só em 2010 o abutre-preto voltou a nidificar em Portugal, no Parque Natural do Tejo Internacional. Em 2012, registou-se o primeiro casal nidificante no PNDI e, em 2019, o segundo.
Esta espécie só tem uma cria por época de reprodução. Por ter uma população extremamente reduzida, o abutre-preto está classificado como “Criticamente em Perigo” em Portugal.
A marcação dessas duas crias com dispositivo GPS vai permitir realizar uma monitorização constante dos seus movimentos e obter informação valiosa para assegurar a sua proteção e conservação.

Publicado em Palombar.
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A Palombar – Associação de Conservação da Natureza e do Património Rural é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 2000, que tem como missão conservar a biodiversidade, os ecossistemas selvagens, florestais e agrícolas e preservar o património rural edificado, bem como as técnicas tradicionais de construção. A associação, que atua orientada por uma abordagem pedagógica e de cooperação, promove também a investigação científica nas áreas da Ecologia, Biologia da Conservação e Gestão de Ecossistemas, a educação ambiental, o desenvolvimento das comunidades e a dinamização do mundo rural.

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